Autoridades também discutiram a possibilidade de inserir aterros sanitários emergenciais
A Prefeitura da Estância Turística de Joanópolis, através da secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, realizou uma reunião com prefeitos da região e com representantes de uma empresa, localizada na rua dos Cedros, qd – 10, casa 11, bairro Jardim São Francisco, em São Luís, no Maranhão. O encontro aconteceu na última sexta-feira (12), no Paço Municipal, para tratar sobre a proposta da implantação de uma usina carbonizadora de resíduos sólidos.
No Brasil ainda não existe nenhuma usina especializada nisso, mas, em compensação, há cerca de 30 espalhadas por diversos países. A idéia inicial seria trazer essa indústria para Joanópolis, coletar todo o lixo produzido pelo município e por Vargem, Piracaia, Nazaré Paulista e Perdões, e carbonizá-los. Esse processo vai gerar uma das tecnologias a serem escolhidas: energia elétrica, gases, biodiesel ou madeira biossintética.
Essa “parceria” dos municípios visa garantir a quantidade mínima de resíduos sólidos para atingir as metas estabelecidas pela instituição. Desta maneira, será possível, por meio da usina, substituir os aterros sanitários. Joanópolis produz sozinha, hoje, cerca de 5 toneladas de lixo. Para implantar a indústria, é necessário gerar, pelo menos, 100 toneladas.
O destino final desse lixo, atualmente, é o aterro sanitário – uma espécie de depósito onde são descartados resíduos sólidos provenientes de residências, indústrias, hospitais e construções. No entanto, o aterro está quase saturado e para a construção de outro é necessário um processo de licenciamento, que pode demorar.
Portanto, a outra opção oferecida pela empresa seria fazer um ou alguns (o que vai depender da decisão dos municípios) aterros emergenciais em médio prazo e, só depois, pensar na implantação da usina. Para a criação do aterro é necessário o fornecimento de, pelo menos, 5 toneladas de lixo.
Os representantes da instituição ressaltaram que a inserção da usina ou do aterro é feita com aparelhagem e métodos adequados de alta tecnologia, além de todo o processo passar pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), com o intuito de evitar danos ao meio ambiente. Antes da implantação, também é feito um diagnóstico de cada município para analisar situações reais e possibilidades.
Com a implantação da usina, os municípios aumentam a geração de empregos diretos, geram ISS (Imposto Sobre Serviço) diretos, resolvem o passivo ambiental, ganham na saúde pública – por investimento em saneamento – e também ganham a depender da tecnologia escolhida, como energia elétrica, madeira biossintética, etc.